School for royals
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You want a piece of me || RP

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Mensagem por Helene Delschaft Seg Ago 03, 2015 4:16 pm

Dados da RP

PARTICIPANTES: Christian e Helene
CLIMA: 16•
DATA: 21 de setembro, madrugada
RP FECHADA.
avaland ®


Última edição por Helene Delschaft em Qui Ago 06, 2015 3:23 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Helene Delschaft Seg Ago 03, 2015 4:47 pm


I'm Miss Bad Media Karma Another day another drama

Simplesmente não aguentava mais estar presa dentro da escola para a elite da nobreza, na Suíça. Helene precisava sair, ver outras pessoas, comprar e estourar seus cartões de crédito – o que seria difícil, mas ela se divertiria tentando chegar ao limite --, mas nenhuma desculpa parecia funcionar com seu cãozinho de guarda, tampouco com a diretora da escola, que simplesmente tinha que ser uma inglesa com cara de quem tinha comido e não gostado. Suspirou, andando em círculos por toda a extensão do quarto, a careta de desgosto mais do que séria. Adolf não podia trancá-la naquele fim de mundo. Era inconcebível que, logo ela, a duquesa de Düsseldorf fosse impedida de sair de uma escola para os riquinhos do mundo todo apenas porque o irmão assim desejava. Sentia falta das festas, das lojas de alta costura e de se sentir bem consigo mesma. Decidiu, naquele instante, que não iria deixar que a controlassem daquela forma. Era Helene Delschaft, não uma mera plebeia, e com certeza o cão inglês não conseguiria rastreá-la com seu olfato afiado.

Portanto, tirou a roupa de andar dentro do quarto – jeans e uma blusa de alças –, jogando-a no chão sem se preocupar em catá-la, para caminhar apenas de roupas íntimas em direção ao closet recheado de roupas nada adequadas para um membro da nobreza. Sorriu ao encontrar o vestido preto e curto, que ia até metade das suas coxas. Seria perfeito para o que estava planejando. Era óbvio que não poderia avisar a Lissa que estava saindo, já que era arriscado demais até mesmo para ela ir sozinha, tampouco queria ser vista andando ao lado do Moutbatten, então iria sozinha. Assim que terminou de se arrumar, a noite já tinha caído, e Helene agradeceu aos céus pelo seu cãozinho não estar parado em frente a porta. O coitado confiava nela, o que chegava a ser fofo, se ela não detestasse sua presença tanto.

Tinha alguns contatos dentro da Royals, portanto conseguira se embrenhar em um dos carros de um dos nobres que estavam saindo para curtir a noite bernense, agradecendo-o logo em seguida quando ele a deixou na boate que desejava com um beijo na testa. Talvez não devesse sair daquela forma, ela sabia, sem nenhuma supervisão, mas fora a única maneira de conseguir se esgueirar para fora daquele ambiente sufocante. O verão inteiro dentro da Royals não era nem um pouco divertido como todos os plebeus poderiam pensar. Ela queria mais, muito mais. Assim que o atendente que estava despachando as pessoas para dentro reconheceu o rostinho angelical de Helene, a deixou passar sem pensar duas vezes, e ela sorriu uma última vez, antes de se esgueirar rumo a multidão de corpos, equilibrando-se nos saltos altíssimos que apenas pessoas de grande postura conseguiriam usar sem se cansarem por muito tempo. Estava acostumada, afinal. Três margaritas depois, entretanto, a mulher já estava mais do que solta, dançando com todos os homens que apareciam à sua frente de forma nada casual, fazendo questão de beijá-los antes de despachá-los, como se não fossem nada mais do que bonecos de pano que ela pudesse usar ao seu bel-prazer. Uma parte de sua mente se lembrou de August, que ele não gostaria de saber daquilo, mas não tinham nada, e ela também não se prenderia ao inglês – por Deus, ele era inglês!

Sua diversão, entretanto, foi interrompida pelos flashes dos paparazzi, e Helene conteve um bico de ignorância, tentando portar-se de maneira digna a uma nobre, mas tinha bebido demais, e precisava sair dali antes que o assédio ficasse mais forte. Cambaleando, saiu da boate sem pagar, buscando algum táxi para que pudesse voltar, mas simplesmente foi mais assediada pelos flashes. Queria sair dali, mas não achava sequer uma rota de fuga.

Estava perdida, e já havia passado do ponto de retorno há muito tempo.

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Mensagem por Christian Stark Ter Ago 04, 2015 8:47 am

Christian não gostava do seu trabalho, a cada dia naquele colégio ridículo era um tormento para o moreno que estava se perguntando o quebra pior, seus pesadelos ou aquele lugar.

Suspirou e saiu da sala de segurança, incapaz de escutar aqueles guardas suíços discutindo sobre uma partida de xadrez, ele anotou mentalmente de ir até o gabinete da diretora Ruby e exigir melhorias naquele lugar, começando com ele sendo nomeado o guardião chefe, e não o segurança particular de uma garotinha.

Ah, sim, Helene, a duquesa mais irritante de todos os tempos, ela é seu sotaque alemão estranho faziam com que o que poderia ser uma coisa exótica é atrativa, se transformava em uma máquina de julgar e veneno, Christian bufou e foi atrás dela, tinha a crença de que ela não seria estupida a ponto de se matar se a deixasse sozinha durante algumas horas. Mas quando não a encontrou, sentiu uma onda de irritação o tomar, respirou fundo e mesmo já sabendo o que aconteceu, ele foi até o controle de entrada e saída da Royals apenas para xingar um ou dois seguranças.

“Vocês simplesmente autorizaram a saída daquela garota sozinha, por que ela ameaçou vocês?” Estreitou os olhos para os homens. “Vocês vão ver que ameaça não é nada comparado ao que eu vou fazer se alguma coisa acontecer a Duquesa”.

Saiu da sala e pegou a chave do seu carro, irritado demais para dar alguma satisfação ao controle, saiu e foi até o centro de Zurique, o que irritava mais era que muitas das ruas não eram acessíveis de carro, e ele teve que estacionar próximo a avenida central e ir o caminho a pé.

Stark não precisou pensar muito, aquele horário as lojas já estavam fechadas, e o único lugar que Helene poderia ir agora era a boate de luxo – na verdade tudo naquela cidade era de luxo, tudo era uma fortuna – quando viu uma aglomeração na porta ele xingou novamente, Helene era o centro das atenções, Christian rezou para que ela não estivesse bêbada.

Entrou na bagunça de flashs e empurrou alguns fotógrafos. – Duquesa Delschaft, aqui. – Disse a levando de volta à boate, entraram e o barulho da música tomou conta dele, isso o deixou ainda mais estressado, segurou o pulso da ruiva e fez um caminho rápido até o outro lado da boate, acenou para um dos seguranças e ele abriu uma pesada porta porta que dava até um corredor, ainda sem deixar tempo para a Duquesa, ele a puxou até que estivessem fora da boate, em um beco vazio.

Ele estava muito irritado com ela. – Você está bem? – Disse instintivamente, analisando ela. – Ótimo, agora se a Senhorita pudesse me explicar o por que você saiu sem a autorização de um responsável, eu apreciaria. – Bufou para ela, sempre tão irritante, apenas de encará-la ele já estava ainda mais irritado. – Você acha que paparazzi é o pior que pode te acontecer? Não, existem ataques a monarcas acontecendo nesse exato momento, e se você continuar saindo sozinha, pode ser a próxima.

Christian se perguntava que diabos de monarcas essas crianças seriam se estavam alheios aos  problemas internos de seus próprios governos. – Vamos logo, antes que mais alguém apareça, não sei se vou te livrar da próxima leva de sanguessugas que aparecer.


Última edição por Christian Stark em Qui Ago 06, 2015 8:34 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Helene Delschaft Ter Ago 04, 2015 3:41 pm

Não era como se Helene estivesse com medo de um bando de fotógrafos – eles faziam a vida dela menos monótona. Era a audácia que tinham de se meter em sua vida que mais a irritava, ao contrário do que muitos pensavam. Ela gostava dos flashes, gostava de aparecer nas colunas sociais, mas, por estar praticamente banida dos círculos sociais por mais de seis meses, tinha se esquecido sobre como eles conseguiam ser inconvenientes. Além de tudo, aquela saída não deveria ter sido notada por ninguém, quanto mais ser transmitidas por todos os tabloides possíveis. Previa que Adolf iria alugar seu ouvido no dia seguinte, se conseguisse voltar à Royals sem maiores danos. Tentou respirar fundo, lidar com aquele assédio como seus irmãos mais velhos lidariam e até mesmo posar para algumas fotos, mas foi interrompida tão logo dois dos fotógrafos foram empurrados, revelando a criatura mais intrigantemente irritada naquele ambiente, e o pior, eram dois deles! Era para ela ser a sensação do momento, e ele estava ofuscando seu brilho. Helene conteve um bico, sem saber muito o que fazer a não ser encará-lo, mas quando ia abrir a boca para falar alguma coisa sobre sua falta de modos, Christian tomou seu braço, empurrando-a para dentro da boate novamente.

Se ela tinha saído do lugar, tinha um motivo, não tinha? Bufou irritada enquanto era puxada aos tropeços pelo inglês, quase fazendo com que ela caísse múltiplas vezes. Se não estivesse tão bêbada, provavelmente sentiria vergonha por estar sendo fotografada naquele estado, acompanhada e carregada à força por um maldito guarda costas, mas, por alguma sorte, Helene só estava irritada. Consigo mesma, com o irmão por ter posto aquele miserável em sua cola e com o próprio inglês, que insistia em atormentá-la sempre que lhe apetecia. Assim que saíram da boate pela porta dos fundos, Helene arregalou os olhos, em compreensão. Então havia uma porta dos fundos! Ela simplesmente poderia ter saído por ali, para início de conversa.

Pelo menos evitaria toda aquela cena patética que o seu cãozinho estava tramando. Apoiou-se na parede imunda do beco, fingindo desinteresse na preocupação do moreno e simplesmente verificando as unhas. Estava bêbada, tonta e desorientada, mas não conseguia perder a oportunidade de irritá-lo. “Sabe, você não é tão assustador quando eu vejo dois de você. Na verdade, é bem smeshnoy .” Ponderou por alguns segundos, pensando em russo antes que pudesse se controlar. Era óbvio que todos sabiam que Helene era fluente na língua russa, mas nem todos sabiam que ela preferia a língua natal dos Sverdlov ao alemão. Bufou, endireitando-se ainda encostada na parede. Toda aquela cena de Christian estava cortando seu barato. Cogitou entrar na boate apenas para pegar mais bebidas e aguentar todo o monólogo de responsabilidade do homem, mas sabia que ele não deixaria que mexesse um músculo até que seu ego fosse amaciado, então simplesmente cruzou os braços. “Pensei que você fosse inteligente o suficiente pra deduzir o motivo, meu pequeno Hündchen.” Revirou os olhos teatralmente. “Suponho que não se façam mais oficiais ingleses como antigamente, não é? Bem, na verdade vocês nunca foram lá muito bons, mas acho que a qualidade piorou.” Fez uma careta, como se estivesse pedindo desculpas, mas não estava realmente, levantando as mãos em sinal de paz.

“Acha realmente que estar enclausurada naquele mausoléu é suficiente para interromper qualquer atentado a monarcas? Você é mais ingênuo do que eu pensei.” Deu de ombros. Os pais também pensavam que estavam seguros em sua fortaleza de pedra. Bem, depois das bombas cronometradas, ninguém tinha sobrevivido realmente. Apenas ela e Adolf, que não estavam no lugar na hora. “Se eu passar a sair com você, o que me garante que vou sobreviver? Parece ser tão incompetente quanto seus amigos guardas, liebe.” Murmurou lentamente, ironizando cada palavra enquanto Christian se aproximava. “Se você encostar em mim mais uma vez, eu juro que te denuncio por assédio.” Ameaçou, a careta séria subitamente posta em sua expressão. Não estava mais ironizando, tampouco brincando com a cara de Stark, mas não tinha certeza se ele perceberia isso.

Revirou os olhos assim que ele disse aquelas palavras. E ela pedira, pra início de conversa, qualquer ajuda dele? Stark claramente tinha alguns parafusos soltos, e ela era a idiota da vez para lidar com ele. Negou levemente, impulsionando-se para que deixasse de se apoiar na parede, mas continuou de braços cruzados, encarando-o de igual para igual. Não era porque era menor ou, tampouco, aparentemente mais frágil, que iria deixar que ele a subjugasse. “Não me livre. Eu adoraria fazer uma cena para que todos pudessem ver.” Tombou a cabeça para um lado, ironia escorrendo de todas as palavras. Era impossível manter-se como uma duquesa respeitável perto do homem. Na verdade, era impossível se manter como uma duquesa respeitável perto de qualquer câmera. Helene realmente tinha alguns problemas com a mídia, mas não podia dizer que as lentes não a adoravam. Sempre saía em perfeita forma em todas as fotos clicadas – ao menos saía, antes do completo exílio. “Está com medo dos sanguessugas, Herrn? Uma pena, os holofotes realmente são para poucos.” Formulou um sorriso angelical, mas sabia que ele interpretaria como deboche – não estaria completamente errado, se fosse completamente sincera consigo mesma.
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Mensagem por Christian Stark Qui Ago 06, 2015 8:34 pm

Christian balançou as mãos para ela, se perguntando em que momento ela iria calar a boca. – Eu acredito que se não houvesse algum perigo de fato, você não seria designada a um guarda particular. – Disse simples, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo, e não era? Sentiu a mão pinicar, um dos seus tiques que o irritam mais do que ele poderia admitir, e estalou os dedos, para distrair a mente da mão que parecia ter vontade própria. – Ah, claro, um processo de assedio. – Christian encarou a moça por alguns segundos, com seus olhos naturalmente arregalados, as pupilas pareciam estar ainda mais dilatadas na escuridão, abriu um sorriso para ela. – Tudo bem.

Ele deu um passo a frente e a ruiva pareceu o ignorar, continuando a falar sem parar, apenas para variar, ele se perguntou se falar demais era um defeito comum entre alemães do século XXI ou era uma coisa que só acontecia com ela.

A segurou pelo braço novamente, e ela protestou, ameaçando um escândalo. Christian bufou, preocupado em deixar ela com manchas ele parou, ela era muito branca e muito magra, e se continuasse a se retorcer como uma louca, acabaria machucando a si mesma. – É, realmente, senso de ridículo também são para poucos.

- Olha só, duquesa. – Começou o moreno, indo até ela novamente, a puxou pelo braço, enquanto continuava a falar. – Eu tenho uma única ordem: te manter dentro daquele colégio até segundas ordens. – Quando ela arregalou os olhos diante do movimento rápido dele, Christian apertou os lábios, infeliz com seu próprio trabalho: babá. – Não estou interessado nas suas vontades, nem nas suas ameaças, quem dirá seus deboches, então quando digo que você tem que voltar, eu não estou colocando isso em discussão. – Finalizou enquanto carregava a ruiva em cima do ombro dele. – Estamos entendidos?  

Fez seu caminho entre as ruas vazias de Zurique, e só iria parar quando chegasse até seu carro. – Se você quiser gritar mais, fique a vontade, não sou eu que estou de ponta cabeça usando um vestido curto demais para o meu tamanho. – Puxou a ponta da saia só para ter certeza de que aquilo não ia aumentar, não queria olhar para ter certeza de que estava tudo coberto, então, se estivesse ou não, problema dela.
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Mensagem por Helene Delschaft Sex Ago 07, 2015 1:33 am

Por um momento, Helene fingiu pensar, e o que Stark estava dizendo não era de todo errado. Realmente havia um perigo, ela só não estava interessada em pensar sobre ele. Do contrário, ela não viveria a vida da forma com a qual ela estava acostumada, com a qual precisava viver. Mas era óbvio que não daria o braço a torcer, especialmente em uma ocasião onde era ela a pessoa a quem ele deveria temer – o orgulho era um traço que assolava todos os nobres, mas, em Helene, havia toda uma questão nacionalista que o levava a um patamar completamente diferente. Em outras palavras, ela nunca admitira que seu cãozinho inglês estava certo. Fez o que achava mais natural naquele momento; simplesmente mimicou o que o cão inglês acabara de falar, fazendo questão de fazer uma voz mais do que irritante no processo. Quando terminou, sorriu, mas continuou seu discurso. “São todos exagerados, liebe. E você nem é tão bom quanto diz ser. Se fosse, não estaríamos conversando logo aqui, nesse beco escuro.” Deu um sorriso debochado, virando-se para encarar o local escolhido. “Teria impedido isso, para início de conversa, então... Se me dá licença, eu simplesmente vou pegar mais bebidas pra terminar de aguentar essa conversa chata.” Fez uma careta, a menção de sair dali e voltar para a boate explicitamente posta, mas Stark a impediu antes de mover um músculo.
 
“Acredito que você já tenha ouvido falar. Sabe, é realmente zhutko que, logo você, não saiba o que é isso. Bem, quem sabe alguma intimação chegue a soleira da sua porta em breve, não é? Uma intimação não pode ter se perdido por tanto tempo assim, considerando como você é, não é mesmo, meu pequeno Hündchen?” Tombou a cabeça para o lado, ignorando a proximidade do cão inglês em questão. Na verdade, ela queria se afastar dele, mas não daria o braço a torcer. Era uma Delschaft, afinal. Ele que a aguentasse. “Saber o seu lugar, também, dushenk’a, e mesmo assim não me vê falando isso pra você. Com exceção desse momento de honestidade, é óbvio.” Assentiu, admitindo antes de revirar os olhos. “Olha só, Hündchen, acho que você não me entendeu, então vou ser bem clara, como quem fala com crianças. Quem aceita as ordens é você, não eu. Só vai me tirar daqui – onde eu realmente estava me divertindo, tendo um ótimo sábado, por incrível que pareça, até você chegar – amarrada. Se não tiver cordas, sugiro que arrume. Pode pegar da sua coleira, se quiser.” Levantou uma das sobrancelhas, fazendo pouco do guarda.
 
Foi um movimento arriscado, ela sabia, mas quando percebeu que ele tinha outros planos, simplesmente começou a gritar. Alguém iria socorrê-la daquele maldito inglês. Era obrigatório. Ela poderia estar sendo sequestrada, não poderia? Ou melhor... Ele poderia estar levando-a contra a própria vontade para uma cabana onde abusaria dela. Algum nobre cavalheiro a ajudaria. Helene tinha que se convencer daquilo, do contrário desistiria. E isso, meus caros leitores, estava fora de cogitação. “Você vai pagar por isso, seu cachorro inglês!” Ameaçou entre os dentes, começando a se espernear em cima dos ombros do moreno. Quem ele pensava que era? Obviamente a maldita diretora que tinha cara de quem tinha comido e não gostado mandara ele fazer isso, caso encontrasse uma certa resistência, então falar com ela estava fora da mesa. Não tinha nenhum aliado na Royals, então seria difícil fazê-lo pagar, mas ela poderia ameaçar. Quem sabe ele a deixaria andar como gente – bem, era óbvio que ela iria correr dele e gritar que era um tarado, mas aqueles eram meros detalhes. O cachorro inglês tinha que aprender a confiar nela.
 
Parou por alguns segundos quando sentiu o toque dele na parte externa das coxas, arrepiando os pelos da área em questão involuntariamente. Por alguns segundos, ela simplesmente se esqueceu de todas as suas reclamações, tão estupefata que estava com o ato do maldito, mas voltou a si tempo o suficiente. “Como você ousa?!” Vociferou, soltando um último grito e rebelando as pernas. Tudo para desestabilizá-lo, mas parecia inútil. Convenceu-se de que era apenas pelo frio. Estava congelando em Zurique, especialmente naquela madrugada em questão. Ele sequer fora educado em oferecer o casaco para que ela não passasse vergonha. Não merecia seu respeito, se é que ele um dia já foi merecedor dele.
 

Depois de algum tempo, a ruiva simplesmente não tinha mais fôlego para gritar. Sua cabeça começava a latejar, mas ela se recusava a se dar por vencida. Que diabos seria feito de Zurique se ninguém a salvasse daquele facínora? Himmel, ela não estava pedindo por muito, só uma pessoa corajosa suficiente para enfrentar aquele cãozinho. Ele sequer era assustador. Parecia um filhote de poodle assustado, na maior parte do tempo. Quando chegaram ao carro dele, Helene simplesmente não tinha mais voz, mas estava disposta a irritá-lo durante toda a viagem. Quem sabe assim ele não sofria um acidente e ela poderia voltar para o que realmente importava? Assim que ele a pôs de pé novamente, ela cruzou os braços, olhando do carro do guarda para ele algumas vezes, como se estivesse perguntando se aquela lata-velha era dele. “Se está pensando que eu vou entrar nessa... Coisa, você está muito enganado, Hünndchen. Prefiro manter minha vida intacta, obrigada. Do svidaniya , moy malen'kiy storozhevoy pes.” Soltou um sorriso, acenando levemente par ao guarda antes de dar meia volta e começar a caminhar de volta ao único lugar que a interessava em Zurique no momento. 
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Mensagem por Christian Stark Seg Ago 24, 2015 4:09 pm

- Sim, é claro que vou pagar por isso, de fato já estou pagando. - Retrucou Christian, era até bonitinho ver ela tentar se desvencilhar do Christian, mas era uma luta injusta, para a Duquesa, ela esperneou, arranhou, ele estava esperando pelo momento em que ela ia começar a apelar para Deus, o que para Christian era uma grande bobagem, já que era ateu.

Quando ela olhou para o carro, um Mercedes-Ben, mais um exemplo do quão tradicionalista a Royals podia ser, todos os carros eram o melhor é mais resistente, feito especialmente para a segurança, blindado, com equipamento avançado de defesa e outras coisas que Stark nem se lembrava.

- E eu achava que você era patriota, mas pelo jeito concorda que carros alemães não são lá essas coisas. - Christian riu da careta da ruiva, subitamente seu humor estava melhor, e é claro, o da ruivinha estava ainda mais irritado.

- Você fala muito sabia? - Christian disse abrindo a porta do acompanhante, olhou para a cara dela e a mediu, com um sorriso fraco no rosto. - Fala demais pro seu tamanho, e fala mais do que faz também, se você quer ir para a boate, eu não me importo, contanto que exista uma liberação para você sair da Royals, o que no caso, ainda não existe. - Christian se apoiou no carro e a encarou.

- Você vai entrar no carro ou vamos ficar aqui fora a madrugada toda? - Dito isso ele apontou para as pernas pálidas da garota. - Vamos logo, Duquesa, antes que pegue sereno demais. - A mãe do Stark sempre fazia piada quando ele era criança sobre ele ser jovem demais para pegar sereno, Helene se enquadrava muito bem no quadro, principalmente devido a sua personalidade absurdamente irritante. - Você pode fugir, gritar, me xingar, ou até mesmo em alemão, se isso for fazer você se sentir melhor. Não me incomoda em nada, na verdade, nem sequer falo sua língua. - O que era mentira, ele entendia bastante da língua dela, aprendeu quando namorou uma alemã nos seus tempos de soldado, mas não tinha importância naquele momento. Colocou a mão no bolso, pronto para qualquer reação da ruiva. – Quando estiver pronta...
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Mensagem por Helene Delschaft Sex Ago 28, 2015 2:04 pm

Helene ficou mais vermelha do que seus cabelos permitiriam assim que escutou as palavras de seu pequeno – talvez nem tão pequeno assim – cão inglês, bufando logo em seguida e gesticulando em sinal de falta de importância acerca do seu discurso. Negou brevemente, levantando uma das sobrancelhas enquanto repousava as mãos sobre a cintura, como se estivesse desafiando-o a continuar aquela conversa incrivelmente entediante. Ela não conhecia carros, nunca foi fã de máquinas como aquela, como poderia saber? Obviamente a família Delschaft era uma das sócias majoritárias de empresas como a Mercedes-Benz, mas, sinceramente? Seus interesses estavam focados em outro lugar. “Carros no geral não são lá essas coisas, meu pequeno Hündchen.” Cruzou os braços, deixando um leve sorriso maroto escapar por entre os lábios. “Servem meramente pra repor algo que falta.” Sorriu abertamente dessa vez, apontando para as genitálias do guarda com a cabeça. “O que, no seu caso, acredito que precise de algo mais do que um objeto desses. Carros não fazem milagres, você sabe.” Murmurou fazendo uma careta, como se estivesse contando um segredo ao maldito cãozinho de guarda.
 
Dessa vez, Helene não conseguiu disfarçar o deboche em suas falas, certa de que Stark não estava falando sério. “Então, que seja. Eu vou voltar lá, quer queira ou não.” Contraiu os lábios, dando meia volta para que pudesse terminar de aproveitar sua noite. Simplesmente precisava de mais alguns martinís para que esquecesse do fato de que aquele idiota – porque não havia palavra melhor para descrevê-lo que não aquela – tinha quase estragado sua única noite de diversão. Incrível como tudo que ingleses mexiam se transformava em algo penoso para todos os alemães, não? “Tem a minha liberação, e ela importa mais do que a da sua parceira no ramo de virar latas. Qual é, deve ter algo que você quer, algo que goste de fazer...” Sugeriu, voltando-se novamente para Stark com uma das sobrancelhas erguidas e os braços gesticulando com alguma vivacidade sua irritação. Ele a irritava tanto. Por que simplesmente não dava a meia volta e voltava para sua vida medíocre? “Eu pago muito mais do que essa patética desculpa de escola para que você simplesmente me deixe em paz, Hundchen.” Cruzou os braços, por fim, cerrando os lábios em uma linha fina.
 
“Ora essa, porque não estou surpresa? Sabe, para alguém que trabalha na Suíça, um país onde a grande maioria das pessoas falam alemão, você é bem burro, não acha?” Riu, pela primeira vez naquela noite se divertindo às custas de seu pequeno cachorro de guarda e não se irritando por conta dele. Não podia continuar aquele joguinho por muito mais tempo. Precisava voltar para sua única noite livre de tudo – ficar encarcerada em Royals não era divertido; nem um pouco, e apenas ver pessoas diferentes das que estava acostumada era acolhedor. Beijar estranhos, então... Simplesmente divino. Ela quase se esquecera daquela sensação durante o verão. Ele tinha viajado; Lissa, também. Não havia muitas opções a mais, se fosse completamente sincera consigo mesma, então precisava de algo para tirá-la do modus operandi da duquesa. Precisava apenas ser Helene e, por alguns minutos – antes de Stark chegar e estragar sua noite – ela conseguiu seu objetivo. “Ficaremos a madrugada toda, a não ser que me deixe voltar para lá.” Meneou com a cabeça, de braços cruzados. Encarava o homem de forma intensa, mas não saberia dizer se era por conta da bebida ou porque realmente estava com raiva dele.
 

Em um movimento sutil, entretanto, Helene se aproximou do guarda, não quebrando o contato visual por alguns segundos. Talvez, se fosse rápida o suficiente, conseguisse aplicar a manobra de autodefesa e se desvencilhar dele rápida o suficiente para que conseguisse sua tão amada liberdade, mas sabia que se alguém clicasse aquele momento, talvez ele não gostasse tanto da repercussão. Tinha que ser rápida. Muito, muito rápida. “Alguém precisa ensinar maneiras a você. Está lidando com a realeza, Hündchen, não com um bando de terroristas. Assim que voltarmos – amanhã, provavelmente, já que você simplesmente não vai me tirar daqui sem que eu esteja completamente satisfeita –, eu vou me certificar de que seja inscrito em uma escola de adestramento. Vira-latas simplesmente precisam desse tipo de coisa se querem galgar a situações melhores.” Sorriu falsamente, aproximando-se tanto de Stark que podia sentir sua respiração no topo de sua cabeça, mas ignorou aquele mísero detalhe. Ele ainda tinha a cara de um poodle assustado, e ela simplesmente não iria praticar zoofilia. Assim que espalmou suas mãos sobre o terno do guarda, passando as unhas pintadas de vermelho pela extensão da vestimenta, entretanto, soube que era a hora certa de atacar, então levantou os olhos, encontrando com os azuis de Stark e aproximando seu rosto do dele – seu cãozinho de guarda vira-lata --, esperando que aquilo fosse suficiente para que ele se distraísse tempo o suficiente e não percebesse que Helene estava sugestivamente posicionando o joelho entre as pernas do homem. Sorriu uma última vez antes de aplicar a manobra, dando uma joelhada nas partes íntimas de Stark e sorrindo ao se afastar. “Fofo você pensar que algo ia acontecer, liebe. Nem eu tenho tanto mal gosto assim.” Riu, saltitando para longe do carro enquanto esperava sinceramente que fosse rápida o suficiente para que ele não a encontrasse – sabia o que a fúria de um inglês não poderia fazer e, sinceramente, não estava certa de que gostaria dos métodos de Stark como gostava dos dele.
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Mensagem por Christian Stark Sáb Nov 07, 2015 9:07 am

Stark ficou por alguns segundos pensando nas suas opções, nenhuma parecia se adequar para ele continuar a ter um emprego, e ele até gostava do que fazia, era só não estar com a Duquesa que o seu dia normalmente era bom. Mediu a ruiva a sua frente, sorriu para ela. - Certo.

Então ela saiu, numa tentativa de fuga. Christian a deixou correr, estava bem irritado e queria ter certeza de que suas bolas ficariam bem.

- Certo Duquesa, corra bastante. - Olhou para o relógio, estava quase na hora do seu jogo e poker com os guardas, e ele tinha apostado. Inferno. - Te dei alguns minutos de vantagem. - Gritou por fim. Seguiu na direção da moça, cortando caminho pelas ruas estreitas da cidadezinha.

Escutou o barulho dos saltos da duquesa e apertou os lábios. Em menos de vinte segundos ele já estava na rente dela, fazendo uma barreira entre a sua tal "liberdade".

- Vocês adolescentes da realeza ainda não entenderam que devem seguir ordens, para a própria proteção de vocês. - Falou a levando pelo braço, revirou os olhos quando ela começou a atacar novamente. - Sabia que você luta como uma criança? - Respirou fundo e continuou a arrastando, puxando e guiando ela de volta ao carro.

A jogou lá dentro e travou as portas, entrou dentro do carro e levou alguns arranhões. Travou as janelas também, só por precaução dela ser suicida também.

- Meu Deus, você não pode calar essa boca por nem um minuto? -Murmurou mais para ele mesmo do que para a ruiva. Olhou para a moça e aumentou o volume do rádio. Estava ocupado demais dirigindo para responder aquela garota, na verdade, ele até conseguiu ignorar a voz dela durante alguns minutos.

Ele precisava praticar mais isso.
Christian Stark
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