[FP] Petros Alevras

Rebelde sem causa; safado; encrenqueiro; ovelha negra da família; mau exemplo; poço de sarcarmo. Petros vive sem leis ou regras. Não se importa com o que os outros possam dizer à respeito de suas atitudes, ele está mais preocupado em viver sua própria vida do que ficar se importando com outras pessoas. Não suporta sentimentalismos, justamente por não ser do tipo que se doa. Ele gosta de emoções, não de sentimentos. Prefere ficar sozinho na maior parte do tempo; pessoas lhe causam desconforto, pois as considera imprevisíveis e interesseiras. É econômico com as palavras; não vai desperdiçar vocabulário com o pessoal da Royals, pelo qual ele não tem nenhum respeito.

Seu passatempo é desafiar as autoridades e burlar leis. Adora a sensação de estar fazendo algo errado, proibido. Provoca todos que cruzam seu caminho, pois para ele todos aqueles adolescentes metidos a realeza são hilários. Não é alguém que se estresse com facilidade. Talvez isso se deva pelo fato de não encarar seus problemas de frente; sempre adiando ou pedindo para que alguém resolva-os por ele. Apesar de tudo, Petros pode se mostrar bem humorado e até mesmo gentil com algumas pessoas que ele julgue parecidas com ele; como é o caso de Ravenna. A moça é a única capaz de lhe arrancar uns sorrisos tortos e piadas bobas, o que significa que nem tudo está perdido; ele não é de todo um rapaz abominável.

O príncipe Makarios tinha um defeito: era mulherengo. Nenhuma mulher bonita o suficiernte que se atravesasse em sua frente saía ilesa a seus encantos. Usava de seu charme e poder para satisfazer seus prazeres, sem nunca se importar com as consequências. Ele estava noivo de Daphne, uma moça de família abastada que seria perfeita para dar continuidade à linhagem dos Sartzetakis e que seria sua futura rainha, assim que ele assumisse o lugar de seu pai. Mas algo inesperado aconteceu. O nome da moça era Tasha; sua família não possuía tantas posses quanto a de Daphne, mas mesmo assim era conhecida. Ela sempre fora apaixonada por Makarios, então, quando ele a levou para seu quarto em uma noite que ela visitava o castelo, a mesma não relutou. O problema é que semanas mais tarde, a moça descobriu que estava grávida. Procurou o príncipe para contar-lhe a situação, estava desesperada. Seus pais a colocariam para fora de casa se descobrissem o que ela havia feito. Moças nobres não eram educadas para fazerem esse tipo de coisa.

Makarios era frio e calculista; não se deixou abalar pelo profundidade do problema. Sabia que se Daphne descobrisse seu casamento acabaria antes de começar, mas ele já tinha uma solução. Ele tinha um primo próximo, chamado Gerome. Eles eram melhores amigos desde que nasceram e Makarios sabia que podia contar com o primo para socorrer-lhe em uma hora como essa, mesmo que o que fosse pedir ao outro fosse algo que nem ele mesmo talvez não fosse capaz de fazer, se a situação fosse inversa.

O príncipe pediu a Gerome que se casasse com Tasha e asumisse o filho que era dele, mas ninguém, em hipótese alguma, poderia saber que a criança era de Makarios. -- Te ofereço uma vida inteira de conforto, por minha conta. -- ele havia dito -- E também, um Ducado em Vólos, o que achas? Meu pai está velho demais para continuar no trono, em breve será a minha vez e você terá tudo o que quiser se fizer isto por mim. -- ele quase implorou. Frente a tudo o que estava sendo oferecido, Gerome decidiu que podia fazer aquilo. Assumiria o filho do príncipe Makarios, como se fosse dele, e além do mais, Tasha era jovem e bela; seria um prazer tê-la como esposa. A moça odiou Makarios por sua covardia, mas não podia fazer nada àquela altura. Aceitou casar-se com Gerome para não ter sua honra manchada.

A cerimônia se deu o mais rápido possível, antes que a gravidez começasse a dar sinais. Quando Petros nasceu, Makarios iniciava sua trajetória como rei da Grécia. O menino jamais desconfiou dos acontecimentos que procederam antes de seu nascimento, mas sentia que os pais não lhe davam atenção. A mãe nunca tinha tempo para ele, e às vezes era como se o repugnasse -- isso porque ele se parecia muito com Makarios, e as lembranças do antigo amante só faziam com que ela o odiasse ainda mais por ele tê-la abandonado. O pai, Gerome, não o tratava como filho. A relação deles era mais de amizade do que paternal, e isso incomodava Petros, que cresceu com a carência de amor dos pais.

Ao passo que os anos foram passando e ele foi adquirindo certa idade, decidiu que os pais que nunca lhe deram atenção por bem, o dariam por mal. Aprontava todas! Passava a noite fora (às vezes mais de uma) e voltava sem dar satisfação de onde estivera. Exagerava na bebida sempre que participava dos eventos da realeza, geralmente fazendo escândalos no meio de todos. O pior de tudo foi quando Petros se envolveu com drogas; os pais enlouqueceram com ele, e decidiram que o mandariam para o Colégio Royals, onde ele aprenderia a se portar como um nobre. Era isso ou o reformatório.

O Colégio era um pesadelo para o duque, que se sentia deslocado em meio a tantas pessoas perfeitas. Ele nunca desejou ser da realeza, odiava tudo o que a envolvia, e agora era obrigado a seguir suas boas maneiras. Ele só queria saber quem seria capaz de obrigá-lo.